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A morte: uma abordagem na cultura guarapuavana


Morrer é muito mais que um atestado de óbito. Crentes e não crentes se unem nesse momento para tentar encontrar conforto. O velar ou vigiar com a família do falecido é uma forma cultural mundial para confortar as lágrimas dos entristecidos.
Ao vermos um tema como esse, percebemos que o assunto é pesado. Enfrentar a situação de morte não é fácil mesmo. A morte para alguns é entendida como fim, para outros é uma passagem, para outros é uma angústia.
Há diversas formas de mortes: a dos direitos, da privação de liberdade, da autonomia, dos valores, mas aqui nos referimos da morte enquanto um corpo sem vida. Há morte por doenças, há morte provocada, há morte morrida.
Em nossa realidade muitos morrem e passam despercebidos, outros na hora da morte são honrados, enfim, a morte geralmente provoca mudança.
Muitas mortes hoje acontecem pela violência ou com o outro o consigo mesmo. Mortes no trânsito, pelo uso de drogas, outras ainda dentro de casa e, portanto, a que mais gera revolta.
Quem não ficou indignado pela morte da criança guarapuavana, de um mês de idade, que foi brutalmente assassinada por seu progenitor? Que pena, enquanto muitos nem ficaram sabendo, ou até mesmo esqueceram, as sequelas dentro da família estão aumentando. Quando teremos uma sociedade que se revolte com falta de cultura, de educação, de respeito à dignidade e pense um pouco mais sobre a vida? Quais são os processos educacionais que estão faltando? Por fim, será que morte é cultura?
Que a morte de inocentes não seja cultura, que a morte por drogas seja extinta, que a morte por doenças seja remediada. Procuremos a vida, para a morte Deus dá o momento.
Itamar Abreu Turco

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