Autor
Joaquim
Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de
junho de 1839. Machado sempre foi autodidata.
Aos 16 anos em
12-01-1855, publicou seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela",
na revista Marmota Fluminense. Com 17 anos, consegue emprego como
aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo
livre. Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.
Seus
trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido
a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão.
Contexto
Histórico
"Dom
Casmurro" é uma obra publicada na segunda metade do século XIX, período de
desenvolvimento do cientificismo, que procura resultados exatos para explicar o
mundo. Além disso, dentro de um contexto histórico trata-se de um período
repleto de mudanças sócio-políticas e intelectuais, tais como a abolição da
escravatura (1888), a Proclamação da República (1889), a entrada de imigrantes
no país, e a modernização do Brasil com a dinamização da vida social e
cultural. Sendo assim, era um momento propício para as artes absorverem as
novas ideias vindas da Europa, tais como o liberalismo, o socialismo e as
teorias cientificistas.
Obra
Publicado pela
primeira vez em 1899, Dom Casmurro é
uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico
que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. Também a temática do
ciúme, abordada com brilhantismo nesse livro, provoca polêmicas em torno do
caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira:
Capitu.
O narrador-
personagem é um velho solitário que narra suas experiências de vida desde a
adolescência, com seu primeiro amor Capitu e o fim trágico de um desfecho de um
possível adultério.
Machado escreve o romance com total
ambiguidade, dando sinais de que de fato a mulher poderia ter traído o marido,
mas este, contando sua própria história e sendo tão frágil, também pode ser um
psicótico. Esse romance é o resultado de um exercício de escrita fabuloso, pois
até hoje se discute a força dos argumentos do narrador de "Dom
Casmurro".
Resumo da obra
Na infância e
adolescência, Bento de Albuquerque Santiago morava na rua de Mata Cavalos (Rio
de Janeiro), com sua mãe viúva, dona Glória, a prima Justina, o tio Cosme e o
agregado José Dias. Na casa ao lado, vivia Capitolina (Capitu), filha de Pádua
e Fortunata. Ao contrário da família de Bentinho, os pais de Capitu são pobres.
Mesmo assim, as crianças conviveram como amigos.
Quando Bentinho
completou 15 anos, José Dias lembrou dona Glória da promessa por ela feita de
enviar o filho para o seminário. Na verdade, procurava alertá-la para o perigo
de envolvimento amoroso do menino com a vizinha. Mas Bentinho e Capitu já
estavam apaixonados.
No seminário,
Bentinho torna-se amigo de Escobar, também seminarista, com o passar do tempo e
com a ajuda de José Dias e Escobar, Bentinho consegue fazer a mãe desistir da
promessa de torná-lo padre. Foi estudar em São Paulo e formou-se em Direito,
voltou para o Rio e casou-se com Capitu. Escobar também se casou. Os dois
casais tornaram-se amigos, nasce Ezequiel, filho de Bentinho e Capitu. Mas Bentinho,
sempre inseguro e ciumento, via no filho a cara de seu amigo Escobar. Assim
Bentinho começou a ter dúvidas da relação de amizade entre Escobar e Capitu.
Escobar morre
afogado, e Bentinho ao ver as lágrimas de sua mulher, fica transtornado,
pensando em suicidar-se, mas a manda com o filho para a Suíça, onde ela morre.
Ezequiel, já moço, retorna ao Brasil, mas Bento não conseguia ver nele, senão o
retrato do amigo. Então o filho, volta a viajar pelo mundo, deixando Bentinho
na maior das solidões e vivendo do passado coma eterna dúvida. Resolve assim, escrever sua própria história para
convencer-se da traição da mulher e para mostrar que não ter agido mal em
relação a seu amigo.
Referências:
ASSIS,Machado
de.Dom Casmurro. Rio de
Janeiro:Martin Claret,2002.
De - Jessiane
Almeida e Luciane Fernandes Martins
Por:
Diana Pretto
Comentários
Postar um comentário