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Choque cultural

   Vim estudar Jornalismo em Guarapuava ano passado, depois de ser chamado pela Unicentro através do SISU com a minha nota do Enem. Também passei na Universidade Federal de Mato Grosso, na cidade de Barra do Garças, mas pesquisando sobre as duas cidades me interessei pelas lindas fotos de Guarapuava mostradas na pesquisa do Google. Outro fator que interferiu na escolha foi o clima. Minha cidade natal, no noroeste do estado de São Paulo, é muito quente e eu queria conhecer o frio da região sul. No entanto, Guarapuava e seus habitantes me reservavam muitas surpresas além dos belos pontos turísticos, do frio guarapuavano e das expressões locais.
    Comecei a perceber como meus colegas da cidade, ou mesmo da região, davam outros nomes para certas coisas. O exemplo mais clássico é o da vina. Em um primeiro momento não suspeitei que a palavra remetia a salsicha. Escrevendo este texto no Word a palavra vina está aparecendo para mim com um riscado vermelho em baixo. É o corretor informando que a palavra não existe, mas não vamos discutir, acabei de adicioná-la ao dicionário do programa. Agora o riscado sumiu.
    Resolvi juntar este exemplo a outros que tenho conhecimento morando há um ano e meio no município de Guarapuava. Acredito que ainda existam outros para eu descobrir e se você conhece algum, comente aqui no blog. Segue minha lista de aprendizado até aqui:

      Salsicha ou vina?
  

            Óleo ou banha?        Menino ou piá?
  

     Bermuda ou calção?


     Estojo ou penal?

    Cinco reais ou cinco pila?

    Prendedor ou grampo?

    Isqueiro ou bingo?

     Texto e imagens: Marcelo Junior






          

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