Não
necessariamente que eu precise, mas quando li seu texto Gregório, também quis
expor a minha vida (quase) romântica.
Não conheci ele no Jazz, até porque os dois não combinam nenhum pouco. Conheci ele na academia. Sim. Lá estava eu suando como se fosse personagem de um filme e estivesse caminhando no deserto à três horas, implorando por água. Com os cabelos presos em um coque e todos aqueles fios grudados de tanto suor. Com o lápis de olho todo borrado, fazendo um cosplay de panda. E ele em pé em um dos aparelhos, fazendo algum exercício de braços, com a bundinha (desculpa a palavra) empinada, camisa cinza e calça de moletom preta. Eu tinha de chamar atenção e o máximo que conseguir falar foi “nossa você parece o carinha do bonde da stronda”. Ok talvez não fosse o meu melhor. Mas eu, ele e seus amigos rimos e depois ele odiou a comparação.
Passamos algumas tardes falando sobre Ets, medos e nossas piores vergonhas. Isso mesmo TARDES, porque poderíamos estar nos melhores assuntos que dez horas da noite eu recebia um vácuo enorme, e na manhã seguinte um “desculpa, eu dormi”. Nosso primeiro encontro não poderia ser mais romântico: um campeonato de fisiculturismo. Sim, nosso amigo estava competindo e o máximo que fizemos juntos foi tirar uma foto e ouvir nossos amigos gritando “OLHA O CASALZINHO OWNT”. É, talvez tenha sido bem vergonhoso pelo fato de todos olharem para nós.
Começamos a namorar quando ele tinha 19 e eu 18. E graças a ele eu não cheguei em casa mais bêbada das festas, ou pelo menos quando fiquei, ele me colocou pra dormir em segurança. Tentamos assistir séries, ou filmes, mas aguentávamos até os 6 minutos quando um dos dois dormia e em seguida o outro. Só aguentávamos se fosse animação. Inclusive nosso primeiro filme no cinema foi o bom dinossauro, do qual eu chorei e ele achou “nossa muito forte pra criança né?”. Rimos. Tentamos imitar as receitas que víamos na internet, mas sempre ficava uma gororoba. Relativamente boa. Comíamos felizes. Não teve essa de escrever séries, filmes, músicas ou curtas. Ou viajar o mundo. Mas sempre tentávamos economizar “no mês que vem”. Esse mês nunca chegou porque preferíamos comer uma pizza no fim de semana. Das 15 músicas que escuto, 13 são de rapper americanos que ele me apresentou e duas são de corno manso para os dias que estou triste.
Vivemos um período de aprendizado, de sonhos, e de alegrias. Mas um dia vimos que não era pra ser, não agora. Hoje somos amigos e ainda assim o amor mora em nós, de outra forma. Amor é muito mais que entradas e despedidas, Gregório, e era isso que eu precisava falar.
Não conheci ele no Jazz, até porque os dois não combinam nenhum pouco. Conheci ele na academia. Sim. Lá estava eu suando como se fosse personagem de um filme e estivesse caminhando no deserto à três horas, implorando por água. Com os cabelos presos em um coque e todos aqueles fios grudados de tanto suor. Com o lápis de olho todo borrado, fazendo um cosplay de panda. E ele em pé em um dos aparelhos, fazendo algum exercício de braços, com a bundinha (desculpa a palavra) empinada, camisa cinza e calça de moletom preta. Eu tinha de chamar atenção e o máximo que conseguir falar foi “nossa você parece o carinha do bonde da stronda”. Ok talvez não fosse o meu melhor. Mas eu, ele e seus amigos rimos e depois ele odiou a comparação.
Passamos algumas tardes falando sobre Ets, medos e nossas piores vergonhas. Isso mesmo TARDES, porque poderíamos estar nos melhores assuntos que dez horas da noite eu recebia um vácuo enorme, e na manhã seguinte um “desculpa, eu dormi”. Nosso primeiro encontro não poderia ser mais romântico: um campeonato de fisiculturismo. Sim, nosso amigo estava competindo e o máximo que fizemos juntos foi tirar uma foto e ouvir nossos amigos gritando “OLHA O CASALZINHO OWNT”. É, talvez tenha sido bem vergonhoso pelo fato de todos olharem para nós.
Começamos a namorar quando ele tinha 19 e eu 18. E graças a ele eu não cheguei em casa mais bêbada das festas, ou pelo menos quando fiquei, ele me colocou pra dormir em segurança. Tentamos assistir séries, ou filmes, mas aguentávamos até os 6 minutos quando um dos dois dormia e em seguida o outro. Só aguentávamos se fosse animação. Inclusive nosso primeiro filme no cinema foi o bom dinossauro, do qual eu chorei e ele achou “nossa muito forte pra criança né?”. Rimos. Tentamos imitar as receitas que víamos na internet, mas sempre ficava uma gororoba. Relativamente boa. Comíamos felizes. Não teve essa de escrever séries, filmes, músicas ou curtas. Ou viajar o mundo. Mas sempre tentávamos economizar “no mês que vem”. Esse mês nunca chegou porque preferíamos comer uma pizza no fim de semana. Das 15 músicas que escuto, 13 são de rapper americanos que ele me apresentou e duas são de corno manso para os dias que estou triste.
Vivemos um período de aprendizado, de sonhos, e de alegrias. Mas um dia vimos que não era pra ser, não agora. Hoje somos amigos e ainda assim o amor mora em nós, de outra forma. Amor é muito mais que entradas e despedidas, Gregório, e era isso que eu precisava falar.
Texto de: Daiane Cristina
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